Good UI - parte 2
Quem presa conquistar o cliente, a visita pela usabilidade do site, são ótimas dicas.
Agora vamos dá continuidade as nossas dicas.
16. Tente manter o foco ao invés de encher a página de links
É fácil criar uma página com um monte de links por todos os lados na esperança de suprir a maior quantidade possível de necessidades do consumidor. Porém, se você estiver criando uma página narrativa que é quando se leva diretamente a uma chamada à ação específica no fim da página, pense duas vezes. Esteja ciente de que qualquer link acima da chamada à ação primária faz com que você corra o risco de levar seus clientes para longe do que você espera que eles façam. Fique de olho no número de links nas suas páginas e crie um balanço entre páginas no estilo "descoberta" (com maior quantidade de links) com páginas do estilo "túnel" (com menos links e conversões mais altas). Remover links desnecessários pode ser uma boa forma de aumentar as chances de alguém alcançar aquele botão importante.
17. Seja específico sobre o estado ao invés de suprimir informações
Em qualquer user interface geralmente mostramos elementos que podem ter diferentes estados. Emails podem estar lidos ou ainda não lidos, invoices podem ter sido pagos ou não, etc. Informar aos usuários sobre o estado particular em que um item se encontra é uma boa maneira de dar feedback. Interfaces de estado podem ajudar as pessoas a entenderem se suas ações passadas tiveram ou não sucesso e também se uma ação deve ou não ser tomada.
18. Tente mostrar os benefícios que se terá ao invés de apenas mostrar a ação
Imagine dois simples botões em uma página. Um deles te diz que irá "fazer com que você economize dinheiro" enquanto o outro diz para você "se cadastrar". Eu aposto que o primeiro teria uma chance maior de ser clicado, enquanto que um botão de cadastro por si só não tem nenhum valor inerente. Ao contrário, o processo de cadastro dá algum trabalho e é geralmente associado a longos formulários. A hipótese aqui é a de que botões que reforçam um benefício podem levar a conversões mais altas. Alternativamente, o benefício pode também ser colocado próximo a onde o botão de ação está para lembrar as pessoas do motivo pelo qual elas irão tomar tal ação. Com certeza, ainda há espaço para botões que apenas descrevam a ação, mas estes podem ser reservados para áreas da interface que pedem menos convencimento e são mais recorrentes em uso.
19. Tente manipulação direta em vez de menus sem contexto
Ocasionalmente faz sentido permitir que certos elementos de UI (User Interface) ajam diretamente ao invés de listar ações genéricas não-associadas. Ao mostrar listas de dados, por exemplo, nós tipicamente queremos permitir ao usuário que faça algo com os itens da lista. Clicá-los, ou sobrepor o cursor em itens nesta lista podem ser ações usadas para expressar que um item em particular está sendo manipulado (deletado, renomeado, etc). Outro exemplo de manipulação direta comum seria clicar em um item de dados (como um endereço baseado em texto) que então se torna um campo editável. Permitir tais interações diminui a quantidade de passos necessários comparando a se a mesma tarefa for iniciada de maneira mais geral sem o contexto do item - desde que a seleção já tenha sido resolvida. Tenha em mente, claro, que para ações genéricas com itens agnósticos, não há nada errado com menus sem contexto.
20. Tente expor os campos ao invés de criar páginas extras
Ao criar páginas iniciais, pode ser uma boa idéia mostrar os campos do formulário na própria página de conversão. Combinar o formulário de cadastro com a página de entrada traz uma grande quantidade de benefícios em comparação a criar múltiplas páginas de cadastro. Primeiro, estamos cortando passos extras do fluxo em geral e a tarefa leva menos tempo. Segundo, ao mostrar o número de campos do formulário, também estamos dando ao consumidor uma idéia de quanto tempo ele realmente levará para se cadastrar. Isto é, claro, mais fácil quando os formulários são mais curtos em primeiro lugar (o que eles realmente devem ser, se possível).
21. Tente usar transições ao invés de mostrar as mudanças instantaneamente
Testado no artigo 8 do Datastories com um aumento de 31% nos cadastros de email
Elementos de interface geralmente aparecem, desaparecem, se movem, mudam e se redimensionam enquanto o usuário utiliza o site. Já que elementos respondem a interações, às vezes é mais fácil compreender o que acabou de acontecer quando utilizamos o elemento tempo. Um delay intencional em forma de uma animação ou transição respeita a cognição e dá à pessoa o tempo necessário para entender uma mudança em tamanho ou posição. Tenha em mente, é claro, que quando aumentamos a duração de tais transições além de 0,5 segundo, haverão situações em que as pessoas podem começar a ficar irritadas. Para aqueles que querem as coisas o mais rápido possível, a demora pode realmente ser um problema.
22. Tente um comprometimento gradual em vez de um cadastro apressado
Testado no artigo 9 do Datasctories com um aumento de 232% em cadastros
Ao invés de pedir aos visitantes que se cadastrem imediatamente, por quê não pedir a eles que primeiro cumpram uma tarefa através da qual o valor é demonstrado? Durante tais interações iniciais o produto pode mostrar seus benefícios e também ser personalizado. Uma vez que os usuários comecem a ver o valor que o seu produto tem e como eles podem personalizá-lo, estarão mais abertos a compartilhar informações adicionais com você. Comprometimento gradual é uma forma de adiar o processo de cadastro por mais tempo e ainda permitir que os usuários utilizem e personalizem seu aplicativo ou produto.
23. Tente usar menos bordas ao invés de desperdiçar atenção
Bordas competem por atenção com o conteúdo real. Atenção é, claro, um precioso recurso já que dispomos de apenas uma certa quantidade a cada momento. Com certeza bordas podem ser usadas para definir um espaço bem claramente e precisamente, mas elas também nos custam energia cognitiva já que são percebidas como linhas explícitas. Para definir relações entre elementos na tela que precisem de menos atenção, eles podem ser simplesmente agrupados através de proximidade, serem alinhados, ter backgrounds distintos ou apenas compartilharem um estilo tipográfico similar. Ao trabalhar com ferramentas abstratas na user interface, acaba sendo fácil usar um monte de caixas em todo lugar. Caixas, porém, dão uma falsa sensação de serem imunes à ordem e unidade que governa o resto da tela. Páginas com um monte de caixas às vezes tendem a parecer bagunçadas e desalinhadas. Às vezes é útil usar uma linha aqui e outra ali, mas considere maneiras alternativas de definir relações visuais que roubem menos atenção e o seu conteúdo irá se destacar.
24. Tente vender benefícios ao invés de ferramentas
Eu acho que isso é Marketing básico. As pessoas tendem a se preocupar menos a respeito de ferramentas do que se preocupam com benefícios. Benefícios trazem mais valor claro e definido. Chris Guillebeau em seu "The $100 Startup" diz que as pessoas realmente se preocupam em ter mais dos seguintes: Amor, Dinheiro, Aceitação e Tempo Livre, enquanto ao mesmo tempo desejam ter menos Stress, Conflito, Enganação e Incerteza. Ao mostrar as ferramentas, e eu acredito que ainda haja espaço para elas ocasionalmente, mas tenha certeza de vinculá-las aos benefícios quando possível.
25. Crie um design para quando não houver dados
Existem casos em que há 0, 1, 10, 100, 1000 ou mais de 10.000 resultados que precisam ser exibidos de alguma forma. O mais comum destes cenários é provavelmente a transição do primeiro uso com zero resultados para o futuro, quando haverá uma maior quantidade de dados. Nós geralmente nos esquecemos de criar um design para este caso inicial quando ainda não há nada para ser exibido e, ao fazê-lo, corremos o risco de negligenciar os usuários. Um mundo sem dados é um lugar frio. Quando novos usuários olham para seu app e tudo o que ele faz é mostrar um espaço em branco sem, nada então você provavelmente está perdendo uma oportunidade. Estados em que não há dados são candidatos perfeitos para fazer com que o usuário passe pelo obstáculo inicial de aprendizagem ao mostrar para ele o que fazer em seguida.
26. Tente Opt-out (escolher não participar) ao invés de opt-in (escolher participar)
Uma estratégia opt-out implica que os usuários ou clientes são levados por padrão a fazer algo sem ter que fazer nada. Alternativamente, também há a estratégia opt-in mais tradicional que requer que as pessoas realizem uma ação para que passem a receber alguma coisa. Há duas boas razões pelas quais o opt-out é melhor que o opt-in. Em primeiro lugar ele alivia resistência ao caminho da ação, já que o usuário não precisa fazer nada. Segundo, também é uma forma de recomendação que implica em algum tipo de norma - "já que todo mundo faz dessa forma, eu também farei". Claro que a estratégia opt-out também é geralmente tida como polêmica, já que existem aqueles que irão abusar dela. Uma das formas disto é diminuir a legibilidade do texto opt-out, enquanto o outro é fazer uso de um texto confuso, como por exemplo duplas negativas. Ambos os exemplos irão resultar em usuários menos cientes de que estão se cadastrando para alguma coisa. Assim, para manter a ética em cheque, se você decidir por uma abordagem opt-out, faça com que seja claro e compreensível para seus clientes no que eles estão sendo colocados. Afinal, está tática também já foi usada na Europa para salvar vidas.
27. Tente ser consistente ao invés de fazer as pessoas terem que reaprender
Se esforçar para ser consistente na interface é provavelmente um dos princípios mais conhecidos desde os ótimos livros de Donald Norman. Ter uma user interface ou interação mais consistente é simplesmente uma ótima maneira de diminuir a quantidade de aprendizagem que alguém terá que passar para utilizar uma interface ou produto. Enquanto pressionamos botões ou usamos menos slide, aprendemos a esperar que esses elementos de interação tenham a mesma aparência, comportamento e que sejam encontrados sempre da mesma forma. Consistência solidifica a forma como aprendemos a interagir e assim que algo muda, somos empurrados de volta ao modo de aprendizagem. Interfaces consistentes podem ser alcançadas através de uma grande quantidade de coisas como: cores, direções, comportamentos, posições, tamanhos, formas e linguagem. Antes de tornarmos tudo consistente, porém, por favor tenha em mente que manter as coisas inconsistentes ainda tem seu valor. Elementos ou comportamentos inconsistentes chamam a atenção das profundezas do nosso subconsciente habitual - o que pode ser algo bom quanto você quer que algo seja notado. Experimente, mas saiba a hora certa.
28. Tente usar padrões inteligentes em vez fazer com que o usuário faça trabalho extra
Usar padrões inteligentes ou pré-preenchimento de campos de formulário com palpites inteligentes diminui a quantidade de trabalho que os usuários terão. Esta é uma técnica comum para ajudar usuários a preencherem formulários de forma mais rápida, tendo respeito pelo seu tempo limitado. Uma das piores coisas no ponto de experiência e conversão é pedir dados que as pessoas já forneceram no passado, o tempo todo. Tente exibir campos que são pré-carregados com valores para serem validados ao invés de pedir para que sejam digitados toda vez. Quanto menos trabalho, melhor.
29. Tente usar convenções ao invés de reinventar a roda
Convenção é o irmão mais velho da consistência. Se mantermos as coisas similares através de uma interface, as pessoas obviamente terão mais facilidade. Por outro lado, se nós todos mantemos as coisas o mais similar possível através de múltiplas interfaces, isso diminui a curva de aprendizado ainda mais. Com a ajuda de convenções de user interface já estabelecidas, nós aprendemos a fechar janelas no lado direito superior (é o mais comum) ou esperamos uma certa aparência do nosso ícone de configurações. Claro que haverão situações em que uma convenção não serve mais ao seu propósito e dá lugar a um novo padrão. Se quebrar este padrão, tenha certeza de que foi propositalmente e por um bom motivo.
30. Tente enfatizar uma possível perda em vez dos ganhos
Nós gostamos de ganhar, mas nós odiamos perder. De acordo com as regras da psicologia persuasiva, é mais provável que tentemos evitar perdas do que conseguir ganhos. Isto pode ser aplicado a como ofertas de produtos são comunicadas. Ao deixar implícito que um produto irá proteger o bem-estar, saúde ou status social que o cliente já tem, a estratégia pode ser mais eficaz do que tentar vender ao usuário um benefício que ele ainda não tem. Por acaso companhias de seguro vendem a indenização que é ganhada depois de um acidente ou a proteção das coisas que nos são importantes?