Algoritmo é capaz de reconhecer pinturas de Pollock com 100% de precisão


Reprodução / ibiblio.org

Compostos por aparentes rabiscos e feixes de tinta, os quadros do pintor norte-americano Jackson Pollock já foram considerados “sem sentido” e seu estilo é por vezes classificado como “fácil” de ser copiado – tanto que há tutoriais que ensinam a fazer seu próprio Pollock. Mas um algoritmo desenvolvido pelo cientista Lion Shamir, capaz de identificar com precisão as obras verdadeiras do artista, deve provar de uma vez por todas que os críticos estão errados.

De acordo com o Ars Technica, o software foi desenvolvido originalmente para verificar imagens médicas, mas também é capaz de identificar aspectos básicos de uma pintura – como “texturas, cores, bordas, formas, fractais, decomposição polinomial e distribuição estatística de intensidade de pixels”, segundo a reportagem. E essa análise de elementos é só uma das partes de todo o processo executado pelo programa.

Essa análise completa é a primeira parte de todo o processo executado pelo programaO algoritmo depois “executa diversas transformações na imagem” – um Pollock original, por exemplo – e computa os valores dela. Esses dados servirão como base para uma comparação posterior com informações obtidas de outra pintura. Resultados próximos o suficiente indicam que os estilos de ambas são similares – e que, portanto, o artista deve ser o mesmo.

Segundo a reportagem, Shamir fez o experimento inicialmente usando um “pacote” com 26 quadros de Pollock e outro com obras de artistas que seguem o estilo do pintor. Das mais de duas dezenas de originais, vinte foram analisadas repetidamente para “treinar” o programa, enquanto outras seis que sobravam eram usadas para os testes.

As primeiras tentativas de apontar quais pinturas eram originais bateram uma taxa de sucesso de 90%. Mas as seguintes, feitas com “Pollocks” diferentes, da primeira metade da década de 50 (período em que foi notada uma evolução no estilo do próprio artista), chegaram à marca de 100% de precisão – o que mostra que realmente há algo de especial nas pinturas do norte-americano, por mais que não seja fácil de identificar.

O código fonte do algoritmo, identificado como wnd-chrm e descrito como um “classificador de imagens de múltiplos propósitos”, está disponível na página de Shamir. Uma descrição mais técnica de seu funcionamento, por sua vez, pode ser lida aqui (texto em inglês).

Tags: programação, Computadores, Algoritmo

Via arstechnica.com

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